RETINA

A função da retina é transformar os estímulos de luminosidade em estímulos nervosos para o cérebro, é assim, neste mecanismo, que as imagens são lidas. A membrana nervosa do olho vai desde o nervo óptico até a pupila. Na região central da retina, há uma depressão denominada mácula. Quando existe algum comprometimento desta região, a visão fica prejudicada. O oftalmoscópio é o equipamento que possibilita fazer o exame no fundo do olho.

retina

O diabetes atinge todo o organismo e no olho provoca a retinopatia diabética, que são alterações que podem levar à cegueira por lesão da retina. Oitenta por cento dos diabéticos com mais de 25 anos de doença a possuem, sendo responsável por 4,8% dos casos de cegueira irreversível. Altos níveis de açúcar no sangue lesam os vasos da retina, causando hemorragias, depósitos de gordura, edema e isquemia. Grandes hemorragias e descolamento da retina com perda visual podem acontecer.
Inicialmente não provoca sintomas, mas quando atinge a área central da retina (mácula) há baixa de visão significativa.
O acompanhamento médico oftalmológico deve ser anual. As grávidas diabéticas devem ter maior atenção no primeiro trimestre porque a retinopatia pode avançar a partir desta época. A angiografia fluoresceínica é um exame que ajuda no diagnóstico e acompanhamento da retinopatia e consiste de fotografia do fundo do olho em momentos distintos com injeção de contraste na veia.
O melhor tratamento é a prevenção, controlando a glicemia e diagnosticando precocemente. O LASER e medicações intraoculares podem ser indicados com objetivo de prevenir maior perda de visão. Alguns casos necessitam de cirurgia.

A retinopatia hipertensiva é causada pelo aumento da pressão arterial sistêmica, causando alterações nos vasos da retina que se afinam e depois dilatam extravasando sangue para dentro do olho. A hipertensão prejudica a visão causando depósitos de substâncias, como gordura ou sangue, na área central da visão. O controle de sua pressão constitui fator fundamental para evitar a instalação ou evolução da retinopatia hipertensiva.

A degeneração macular é a responsável pela maioria dos casos de cegueira em pessoas acima dos 50 anos. É provocada pelo envelhecimento da retina, que vai se afinando e desgastando com o passar dos anos. Se o desgaste chega até a mácula, o indivíduo perde a visão central, não distinguindo cores nem detalhes das imagens. Com a degeneração da mácula perde-se a capacidade de realizar atividades rotineiras como, por exemplo, ler ou enfiar linha numa agulha.
Existem dois tipos de degeneração macular relacionada à idade:

a) A “seca”, mais comum, é resultado do afinamento da mácula, com perda gradual da visão.
b) A degeneração macular úmida, que ocorre em apenas 10% dos casos, é provocada por hemorragias na retina. Neste tipo, a perda de visão ocorre rapidamente.

Ainda não se sabe a causa exata da degeneração macular relacionada à idade, mas os especialistas sugerem algumas medidas que podem ajudar a evitar o aparecimento da doença como é o caso da proteção ultravioleta dos olhos, através do uso de óculos de sol ou de grau. Os sintomas da degeneração macular podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns sinais são alarmantes, e devem ser comunicados logo ao Oftalmologista:

a) Linhas retas parecem onduladas;
b) As cores ficam pálidas;
c) As palavras aparecem borradas.

Não há cura para a degeneração macular seca. No caso da degeneração úmida o LASER pode ser usado para impedir que a hemorragia continue. Recentemente surgiram tratamentos preventivos, com substâncias antiangiogênicas, que são remédios que inibem o crescimento dos vasos anormais, impedindo uma evolução pior da doença e melhorando a visão central do paciente. Mesmo assim acontece uma perda parcial da visão.